No ano lectivo de 1933 – 1934, o Liceu Carolina Michaelis
desdobrou-se numa pequena Secção constituída por um núcleo de professores,
alunos e funcionários - Secção do Liceu Carolina Michaelis. Começou por
funcionar num edifício antigo na Rua de Santa Catarina, Porto, e daí passou
sucessivamente para a Rua de D. João IV e
a 1 de Novembro de 1938, para o
velho palacete situado na confluência da Rua do Heroísmo e Rua de
António Carneiro. Este edifício pertencia ao Conde de Monte Belo e actualmente
é ocupado pela Direcção Regional de Educação do Norte -
DREN.
Aqui se manteve por longos anos como "Liceu" feminino, com uma população
escolar de cerca de 400 alunas, 20 professoras, 5 empregadas e 2 funcionárias
na Secretaria.
Pelo
Decreto-Lei n.º 35 905, de 12 de Outubro de 1946, foi criado o Liceu Rainha
Santa Isabel, substituindo a Secção do Liceu Carolina Michaelis e destinado
exclusivamente à frequência feminina. O novo Liceu ficou instalado no
mesmo palacete onde funcionou a secção feminina do Liceu Carolina Michaelis.
Foi nestas instalações que se manteve o Liceu durante cerca
de 16 anos, até à inauguração do novo edifício, que ocorreu no ano lectivo
de 1962-63.
O edifício destinava-se a substituir as já degradadas
instalações do velho palacete. Fora concebido para 700 alunas, mas logo no ano
lectivo de 1964-65 o palacete voltou a ser de novo Secção de um estabelecimento de ensino, mas
desta vez, do Liceu Rainha Santa Isabel. Assim se manteve até 1990, altura em que foi
ocupado pela DREN.
A partir do ano lectivo de 1975/76, o Liceu Rainha
Santa Isabel, passou a designar-se Escola Secundária Rainha Santa Isabel. Neste
mesmo ano , o quadro docente passa a integrar professores do sexo masculino e,
no ano lectivo imediato, a frequência da escola passa a ser igualmente mista.
Todos lembram de algum modo, o caminho percorrido no Liceu
Alexandre Herculano mas nem todos terão o conhecimento do percurso histórico
inicial desta escola. A sua história naão se confina ao edifício que
majestosamente impera na zona do Bonfim, antes remonta o século passado.
De facto, logo que Paços Manuel decretou, em 17/11/1836, a
criação dos liceus em Portugal, o Porto passou a ter o seu liceu cultural que,
mais tarde, veio a ser o Liceu Alexandre Herculano, hoje Escola Secundária com
o mesmo nome.
O Liceu Alexandre Herculano teve o seu percurso, até chegar
ao local onde hoje se encontra, como veremos a seguir.
Porém face ao aumento da população estundantil, impunha-se
a necessidade de criação de outro estabelecimento de ensino. É então que por
decreto de Janeiro de 1906, se criou um novo Liceu que se intitulou de 1º zona,
passando dois anos mais tarde, em 26 de Setembro de 1908 a chamar-se Liceu
Alexandre Herculano, sábio notabilíssimo, historiador e grão poeta, que lhe
havia de servir de patrono. Mas antes de se instalar aí começou por um velho
casarão , na Rua do Sol, à volta do qual se erguiam alguns pavilhões e,
quando a população escolar aumentou significativamente, criou-se um anexo na
Rua de Sto Ildefonso.
Em 1912, o Dr. Ângelo de Sousa Vaz, então deputado e
inspector sanitário dos Liceus do Porto, apresentou no Parlamento um
Projecto-Lei para a construção do edifício do Alexandre Herculano.
Sucessivas direcções, primeiro a dos reitores e depois os
conselhos de gestão, têm passado por este estabelecimento de ensinoe, de uma
forma ou de outra procuraram honrar e prestigiar esta grande Escola. Hoje
frequentam diariamente esta Escola milhares de alunos. Trazem a alegria, a
irreverência, o desejo de saber, os seus problemas e os seus desejos. Mais do
que ontem a escola de hoje aposta na compreensão das aspirações dos alunos e
na vivência dos seus problemas.
Em Setembro de 2003 a Escola Secundária Rainha Santa Isabel
e a Escola Secundária Alexandre Herculano fundem-se e surge uma nova Escola de
nome Escola Secundária com 3º Ciclo de Alexandre Herculano.